23 setembro 2014

COMO ERAM AS VESTES NA ERA RENASCENTISTA

A Era Renascentista abrange aproximadamente as datas de 1425 a 1580. Dentro desse período, houveram variações de estilo, pois cada país tinha sua moda. O texto abaixo foca nas características da moda na Inglaterra sob o reinado da Dinastia Tudor. A Era Tudor começou em 1485 e foi até 1603, na Inglaterra e a Moda da Era Elizabetana  durou de 1558 a 1603.
A roupa típica da mulher no início do século 16 consistia num vestido longo com saia em forma de cone e cauda sobre uma bata e uma camisola de linho junto à pele. A saia poderia ter uma fenda para mostrar uma anágua decorativa. O corpete possuia decote quadrado, adornado com laços de fitas finas e jóias. As mangas eram amplas e bem largas no pulso, exibindo uma segunda manga trabalhada anexa à bata. A cintura alta descia gradualmente até a natural. Uma variedade de chapéus, toucas, véus, capuzes, redes de cabelo e outros acessórios eram usados na cabeça, com fortes variações regionais. Os calçados eram rasteiros e de bico quadrado.

Por volta de 1550 a camisola de linho foi descartada, a cauda caiu em desuso e o corpete e a saia tornaram-se vestuários independentes. As mulheres eram encaixadas dentro de complexas gaiolas feitas de arame, ossos da baleia e tecido, as chamadas farthingales, e suas roupas eram colocadas sobre essa peça. As saias continuavam a ter uma fenda para mostrar as anáguas cada vez mais decoradas. As mangas tornaram-se apertadas do pulso até o cotovelo, com ombros bufantes e/ou aberturas exibindo inserções coloridas. Cintos de tecido ou corrente eram usados com um pingente, bolsa ou livro de oração suspenso da altura da cintura até o joelho. A cor predominante no dia-a-dia era o preto. Veludos, brocados e sedas combinados a pérolas, rubis, diamantes e outras pedras preciosas passeavam pela Europa. Começam aparecer as blusas de gola alta e decotes preenchidos por peças de linho bordadas.


O final do século foi caracterizado por uma opulência maior no que se refere ao vestuário. Os rufos cresceram em tamanho e popularidade e a descoberta do amido, por uma mulher holandesa, fez com que as golas pudessem ser levantadas vários centímetros. Esse período foi também marcado pelo expansivofarthingale francês, o preferido da Rainha Elizabeth I, e pela cintura frontal em forma V. Os corpetes tinham gola alta ou um decote quadrado abloqueadonte. Os leques dobráveis apareceram substituindo os leques estáticos de penas de avestruz.



Já a roupa masculina consistia de uma camisa de linho (chemise), gibão com ombros almofadados com diversos tipos de gola, mangas da chemise expostas, calças, meias, um casaco que poderia ir até ao joelho e um tipo de capa que era aberta na frente e de mangas curtas que podiam ir até o tornozelo e posteriormente até os joelhos presas ao ombro.
Mais pro fim do reinado de Henrique VIII, entrou em voga uma silhueta rígida fazendo com que as roupas fossem encorpadas com enchimentos de trapos, feno e outros resíduos; também começou a surgir a gola que viria a se tornar o rufo. Como acessórios, chapéus achatados e largos ou com borda arredondada e calçados pontudos que depois passaram a ter forma arredondada e quadrada, com sola baixa. Botas  eram usadas para montar a cavalo.
No período Elizabetano, os homens usavam gibão, camisa com colarinho e pulsos com babados, gola em rufo que se tornou gigantesco na década de 1580, jaqueta sem manga,  meias e calças; a capa era indispensável e tinha formato cônico. Acessórios: chapéu, sapato arredondado ou botas que começavam a ter saltos e eram justas e até a altura das coxas. Cabelos curtos penteados para trás, barba era comum.



 



Fonte: http://picnicvitorianocwb.com
Fotos: Reprodução
Pesquisa de trajes femininos por Denair Kalb. Email: dnrkalb@gmail.com
Revisão Textual de trajes femininos por Dalilla Freitas. Email: neo_sun_mage@hotmail.com
Introdução e Trajes Masculinos por Sana, autora do Blog Moda de Subculturas